Dia Mundial do Orgulho Autista é celebrado nesta sexta-feira (18)

Promover trocas de experiências com o foco em inclusão, a partir de projetos artísticos, esportivos e científicos para pessoas com deficiência intelectual ou física, bem como em situação de vulnerabilidade social são premissas e parte da missão adotada pelo Instituto Olga Kos (IOK). Trabalho que apresenta indicadores positivos com reflexo na evolução dos participantes, incluindo o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Isso porque dos cerca de 1,8 mil beneficiários das ações desenvolvidas, aproximadamente 10% apresentam algum grau de autismo. Porém, a partir do desenvolvimento das atividades, os ganhos gerais são revelados pelos Indicadores de Desenvolvimento Olga Kos (Idok), que avalia fatores relevantes como aprendizagem, desenvolvimento psicológico, fisioterapêutico e também na evolução das práticas específicas de cada oficina.

“Gosto muito de fazer karatê. Aprendi a lutar, a me defender e ajudar os outros. Meus pais dizem que estou melhor e mais comportado”, disse William Pinheiro da Silva, de 12 anos, participante da ação do IOK na Escola de Educação Especial ACDEM – Casa 4, na Vila Robertina, em São Paulo. No local, além da presença do instrutor da modalidade, os beneficiários contam com apoio psicológico e também de um fisioterapeuta.

Benificiário e instrutor um de frente para o outro vestindo o Kimono e praticando golpes de Karatê.
Benificiário e instrutor praticando golpes de Karatê em oficina.

 

Projetos Culturais IOK – Nas atividades culturais não é diferente, os participantes também recebem atenção especial da equipe IOK, e no decorrer, apresentam boa evolução no quadro geral, como ocorreu com Lucas Oliveira Arrais (autista), de 21 anos, ao integrar o projeto Corpos em Luz, em 2019.

“Fez muito bem para o meu filho, ele se reconheceu e se sentiu feliz por estar em um grupo onde foi bem aceito. Ele sabia que era diferente e viu que tinham outras pessoas diferentes e que o mundo é composto de pessoas diferentes”, relata Natália Mercedes de Oliveira, mãe do Lucas, que recentemente tirou habilitação e está cursando o segundo ano de Educação Física em uma faculdade.

Dia do Orgulho Autista – Vale lembrar que a data foi criada nos Estados Unidos, em 2005, para reconhecer o potencial das pessoas que possuem o Transtorno do Espectro Autista, condição caracterizada por padrões de comunicação alternativos que podem dificultar interação social em uma sociedade não inclusiva.

A data, a cada ano mais popular também no Brasil, foi instituída para esclarecer a sociedade sobre as características únicas das pessoas diagnosticadas com algum grau do TEA e busca normalizar a neurodiversidade. Além disso, a intenção é demonstrar à sociedade que o autista não tem uma doença, mas apenas apresenta condições e características especiais que trazem desafios e também recompensas aos seus familiares e à comunidade.