O Departamento de Pesquisas & Desenvolvimento do Instituto Olga Kos de Inclusão realizou, no Dia Internacional da Mulher, uma palestra para mais de 120 colaboradores da montadora de automóveis coreana Hyundai. Transmitida de forma remota diretamente da sede do Olga, a palestra que teve quase duas horas de duração, procurou abordar aspectos que envolvem o cotidiano feminino, sobretudo, no mercado de trabalho. 

O desequilíbrio entre homens e mulheres nas relações de trabalho foi um dos temas. No próprio segmento automotivo, por exemplo, as mulheres ainda representam (segundo pesquisa feita pela Data OLX Autos em 2021), somente 19,4% da força de trabalho. Além disso, dados recentes apontam que entre as 500 maiores empresas do mundo, menos de 5% possuem mulheres como CEO´s. Por sua vez, outros indicadores mostram que companhias que aumentaram a presença de mulheres, em até 30%, nos cargos de liderança, se tornaram 15% mais rentáveis. 

Contudo, os demais dados também mostram que, apesar dos avanços, as mulheres continuam sobrecarregadas pelos afazeres domésticos e permanecem como vítimas de violências variadas em todos os lugares. Dados mostram que uma em cada três mulheres sofre algum tipo de violência ao longo da vida, seja na rua (29%); no transporte público (22%); no trabalho (15%); nas instituições de ensino (10%) e também em casa (6%).  Ressalte-se que no contexto da mulher contemporânea, a ‘causa’ das mulheres que possuem deficiência também precisa ter uma abordagem ampla em razão dos seguintes aspectos:

  • Hoje há, no planeta, 20% de pessoas do gênero feminino com deficiências variadas; 
  • Entre estas há desde meninas até mulheres acima dos 60 anos;
  • Também há que se lembrar dos diversos contextos humanitários em que vivem estas mulheres devido a conflitos internos/externos; questões econômicas e de saúde pública, entre outras; 
  • Trata-se, ainda, de mulheres que possuem etnias, religiões, nacionalidades e níveis educativos, socioeconômicos e geográficos extremamente variados.
É neste contexto que a palestra teve como missão, segundo a doutora Natália Monaco, coordenadora do Departamento de Pesquisas & Desenvolvimento do Olga, “difundir conhecimento científico para ajudar a construção de um mundo melhor, principalmente quando se fala de pessoas com deficiência, e neste caso, mulheres com deficiência, essa será sempre a nossa causa”. Natália concluiu afirmando que “ações como esta reforçam o quanto algumas empresas estão mudando não somente o seu olhar, mas a sua postura em relação às mulheres”. 

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