Eliana Braz, que é mãe de dois participantes de projetos do Instituto Olga Kos, diz que também se sente acolhida.

Eliana Braz tem uma rotina intensa na luta pela autonomia e desenvolvimento do filho que tem síndrome de Down: toda semana ela depende do transporte público e utiliza duas conduções para chegar ao IOK: metrô e ônibus. Este esforço é para manter a frequência do jovem Murilo nas oficinas. “Eu trabalho, mas nos dias das oficinas eu folgo porque fico muito cansada… Mas isso já foi conversado no meu trabalho, pois combinei que quando meu filho tivesse oficinas, eu não iria trabalhar. É puxado, mas vale a pena”, salienta.

Mas enquanto o filho, Murilo Oliveira, usufruía das oficinas, além de controlar o próprio cansaço, Eliana tinha que lidar com o ócio da outra filha, Maria Eduarda Oliveira, e com os questionamentos da adolescente de 17 anos. Segundo ela, era difícil explicar para a jovem a razão pela qual ela não podia participar de algum projeto assim como o irmão…

E foram cincos anos assim, mãe e filha lado a lado, superando e resistindo em prol do progresso de Murilo. A genitora compartilha que Maria Eduarda ficava muito chateada com esta situação e consolá-la não era tarefa fácil.

Porém, um dia surgiu uma boa notícia que mudaria este cenário: o Instituto Olga Kos lançaria o projeto Famílias Inclusivas. “Foi uma alegria em casa, eu amei a ideia do IOK”, diz Eliana com entusiasmo.

Muito feliz, grata e emocionada, Eliana destaca: “as experiências que estou tendo são maravilhosas, porque é um carinho e respeito pelo atendido que é fora de série. Porque não adianta ir a um lugar em que as pessoas fazem as coisas por fazer e não por amor, e no IOK é por amor, nós sentimos isso. Já levei o Murilo em outros lugares e não sentia isso. No IOK existe respeito, acolhimento, carinho e isso faz toda diferença”, ressalta.

Ainda segundo Eliana, sua filha Maria Eduarda também está muito feliz e tem até pensado em estudar algo que tenha a ver com as práticas do IOK: “Agora minha filha está muito feliz. Ela tem 17 anos e faz o Família Inclusiva comigo. Ela até queria fazer faculdade de TI mas, depois de conhecer o projeto, está mudando de ideia, está querendo fazer algo que trabalhe com pessoas com deficiência, em particular, crianças. Para mim esta é uma mudança para melhor, pois agora ela tem um olhar diferente para o irmão, ela sempre o tratou bem, mas agora é mais carinhosa ainda”, ressalta.