Instituto Olga Kos apoia campanha Nacional do Teste do Pezinho
06 Junho, 2017 por Equipe IOK06 de junho é dia de lembrar a importância do teste para detectar doenças em recém-nascidos antes dos sintomas aparecerem
O Teste do Pezinho é um exame gratuito e obrigatório por lei desde 1992 e deve ser feito a partir de 48 horas após o parto e até o quinto dia de vida do bebê. O procedimento é simples. A coleta do sangue para análise é feita no calcanhar do recém-nascido e o teste tem sido fundamental nas ações preventivas para diagnosticar e tratar as seguintes doenças*:
Anemia falciforme – doença hereditária que altera a formação da hemoglobina, molécula responsável pelo transporte do oxigênio no sangue. Em decorrência dessa alteração, as hemácias ficam com forma de foice (daí o nome “falciforme”), o que dificulta sua locomoção e acaba lesionando tecidos.
Deficiência de biotionidase – é a falta da vitamina biotina no organismo. Sua deficiência resulta em convulsões, fraqueza muscular, queda de cabelo, surgimento de espinhas, acidez do sangue e baixa imunidade.
Fenilcetonúria – é uma doença genética caracterizada pela incapacidade de metabolizar a enzima fenilalanina-hidroxilase, responsável pela transformação do aminoácido fenilalanina em tirosina. A ausência de tirosina pode acarretar retardo mental.
Galactosemia – é uma doença genética que dificulta a conversão de galactose (açúcar presente no leite) em glicose. O resultado é o acúmulo de galactose no organismo, causando problemas de coagulação, icterícia (pele amarelada), hipoglicemia (baixa da taxa de glicose no sangue), glicosúria (excesso de glicose na urina), acidez do sangue e catarata.
Glicose 6-fosfato desidrogenase – distúrbio metabólico que causa alterações das enzimas fundamentais para proteção das células, especialmente das hemácias. Sem estabilidade, os glóbulos vermelhos podem morrer, causando anemia hemolítica.
Hipotireoidismo congênito – doença que faz com que a glândula tireoide não seja capaz de produzir quantidade adequada de hormônios tireoidianos, o que deixa os processos metabólicos mais lentos. Uma das principais consequências é a retardação mental.
Hiperplasia congênita da supra-renal – provoca uma deficiência na produção de hormônios pelas glândulas adrenais. Para compensar, a hipófise produz excesso de hormônios que estimulam as adrenais, que aumentam de tamanho e passam a produzir em excesso hormônios que levam à masculinização do corpo da criança. Além disso, pode ocorrer desidratação, perda de sal no organismo e vômitos.
Toxoplasmose – é uma doença infecciosa causada pelo parasita Toxoplasma gondii, que pode causar calcificações cerebrais, malformações, doença sistêmica grave. Tardiamente, pode se expressar causando doenças da retina.
*fonte: Dr. Drauzio Varella
O exame foi feito pela primeira vez em 1976, pela APAE de São Paulo e a entidade é responsável hoje pela maioria dos testes realizados no Estado de São Paulo por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), maternidades e hospitais privados. O Dia Nacional do Teste do Pezinho, lembrado neste 06 de junho, faz parte da campanha “Junho Lilás” lançada em todo o Brasil para chamar a atenção de pais e responsáveis para a importância e relevância do teste.
O Instituto Olga Kos (IOK) que apoia a campanha atende cerca de 3,5 mil pessoas com deficiência intelectual e em situação de vulnerabilidade social. O IOK desenvolve oficinas com atividades de inclusão por meio das práticas esportivas e culturais que estão instaladas em mais de 40 locais espalhados pela cidade de São Paulo. Nas oficinas de arte, são realizadas atividades de pintura e dança, enquanto os projetos de esporte incluem oficinas adaptadas de Karatê e Taekwondo.