A mostra traz obras produzidas pelos participantes das oficinas de arte do Instituto que usam como temática, técnicas e expressões de vários artistas contemporâneos brasileiros

A exposição, que será aberta na próxima terça-feira, dia 11, na Casa das Rosas, tradicional espaço cultural da Avenida Paulista, faz parte das comemorações dos 10 anos de fundação do Instituto Olga Kos, entidade que atende pessoas com deficiência intelectual e em vulnerabilidade social, e se destaca no meio cultural pelo desenvolvimento de projetos de inclusão pela arte.  A mostra vai trazer algumas da obras produzidas pelos participantes das oficinas de arte do Instituto, usando temas que vão do figurativo ao abstrato, da aquarela ao espatulado.

As telas, que utilizam técnicas de grandes nomes das artes plásticas no Brasil, são a representação do sentimento de quem as criou, formando composições com cores e formas geométricas ou orgânicas, e contando uma história por meio de tintas e pincéis.

Em março, um outro evento cultural na cidade de São Paulo, também marcou as comemorações de aniversário do IOK. O livro 10 Anos de Inclusão, do historiador Célio Turino, que conta a história do Instituto, foi lançado na Cinemateca Brasileira. A história de sucesso do Instituto Olga Kos começou a ser escrita na UTI de um hospital em São Paulo. O empresário Wolf Kos se recuperava de uma cirurgia e teve a ideia de criar uma entidade que cuidasse de pessoas com deficiência intelectual, após assistir a uma novela que mostrava o drama de uma criança com Síndrome de Down. O IOK recebeu esse nome em homenagem à vice-presidente e esposa do empresário, Dra. Olga Kos, e já beneficiou mais de 10 mil pessoas. Atualmente, atende cerca de 3 mil crianças, jovens e adultos com deficiência intelectual, ou que se encontram em situação de vulnerabilidade social, em mais de 40 locais espalhados por todas as regiões da capital paulista.

O Instituto Olga Kos é hoje uma das instituições mais premiadas de São Paulo e coleciona honrarias como a Medalha Anchieta, a Ordem do Mérito Cultural, a Salva de Prata, dentre outros, tendo seu trabalho sendo reconhecido no Brasil e no mundo. Desde o ano passado, o IOK participa de um grande projeto do Vaticano para formatar um novo modelo de educação que leve à construção de uma sociedade mais inclusiva e mais tolerante com as diferenças de credo, raça e condição social.