A inclusão social é muito importante para diminuir desigualdades e dar oportunidades para grupos que, muitas vezes, vivem em condições de vulnerabilidade social. E uma ferramenta que é grande aliada na busca por mais inclusão e transformação social é a cultura.

Isso é fundamental em um país como o Brasil, no qual grandes parcelas da sociedade ainda não têm acesso a espaços e serviços básicos que são essenciais para uma vida digna. Dessa forma, a inclusão cultural pode transformar a realidade de muitas pessoas.

Esse foi o objetivo do projeto “Cordel Estampado”, organizado pelo Instituto Olga Kos de Inclusão, que levou para pessoas com deficiência e/ou vulnerabilidade social o estimulo e desenvolvimento de técnicas artísticas em carimbo, gravura e estamparia na típica expressão de linguagem da literatura brasileira que são os cordéis.

O contato com a cultura abre portas dentro da mente e do corpo, estimula-os a sonhar e acreditar e ensina em notas, passos e cores conceitos de criatividade, colaboração, dedicação, persistência e superação de desafios.

A exposição de encerramento do projeto, cujo tema foi “Marcas do Eu, dos Outros e do Território” aconteceu no dia 13 de abril e, foi composto por mais de 120 trabalhos realizados em oficinas a partir de técnicas utilizando o Carimbo, a Gravura e a Estamparia. O acervo contou as muitas histórias vividas ao longo dos meses de projeto quando foi possível refletir sobre identidade individual e coletiva.

Cerca de 150 pessoas participaram do evento, sendo eles os próprios beneficiários, seus familiares e técnicos responsáveis pelas instituições atendidas. Na exposição também aconteceu obras interativas que se tornou o ponto favorito do espaço: uma estação de "tatuagem". Nela, todos puderam experimentar a técnica de se tatuar com tinta guache utilizando as pequenas matrizes criadas no projeto a partir de desenhos dos participantes.

“O sentimento geral foi de surpresa ao ver as produções ali em um único corpo, valorizadas. Para os beneficiários também foi muito importante poder mostrar aos seus responsáveis como colaboraram na construção de toda aquela história contando sobre o como as obras foram feitas, o que simbolizam”, disse o Instrutor de Artes Visuais do Olga, Fabiano Almeida.

Veja as fotos da exposição: