A conferência será realizada na sexta-feira, dia 09 de junho, e terá a participação simultânea de jovens de 8 países

Mônica tem síndrome de Down e trabalhou como monitora durante um encontro de estudantes com uma comitiva do Vaticano que visitou o Brasil, no ano passado. Representantes do Schollas Occurrentes, uma missão mundial criada pelo Papa Francisco quando era Arcebispo em Buenos Aires, vieram promover a Primeira Jornada da Cidadania no Brasil que contou com a participação de 20 escolas públicas e privadas e reuniu 300 estudantes que realizaram uma imersão durante uma semana, buscando diagnóstico e soluções para dois temas: a Reforma do Ensino e Tolerância e Diversidade.

O encontro que aconteceu em São Paulo foi coordenado pelo Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural (IOK), uma das 12 entidades em todo o mundo  que foram escolhidas pelo Vaticano para  formatar e propor um novo modelo de educação que se baseie nos princípios da tolerância e da inclusão e promova o rompimento de barreiras culturais, raciais e econômicas.

O programa é voltado para jovens de 15 a 21 anos de escolas públicas e privadas e abrange a integração a partir da Arte (Schollas Artes), do Esporte (Schollas Sports) – com participação de diversos atletas de Futebol, como Pelé e Messi, da Tecnologia (Schollas Tecnologia), das Universidades (Schollas Universidades) e da Cidadania (Schollas Cidadania).

Agora o próprio Papa Francisco quer conversar com alguns dos jovens envolvidos nas discussões. Mônica estará ao lado de Pedro que também tem síndrome de Down e de Isaac, que não tem deficiência mas estava no encontro com a comitiva do Vaticano como representante das escolas públicas que estão envolvidas nesse projeto de inclusão. Na conferência virtual com o Papa Francisco, os três terão a companhia de mais seis estudantes, três do Colégio Santa Maria e três do projeto SOL, de Cidade Dutra,.

O encontro que será realizado nesta sexta-feira, dia 09 de junho, e terá a participação simultânea de jovens de oito países. Os estudantes brasileiros estarão na sede do Google, em São Paulo, para participar da transmissão e poderão fazer perguntas ao Papa.

Este  encontro virtual é resultado de uma ação do Instituto Casa Comum, fundado pelo ex-secretário de Cidadania Cultural do Ministério da Cultura, Célio Turino, de intelectuais e ativistas da Cultura do Encontro, da Paz e da Convivência, e do programa Schollas Ocurrentes.

No mês de julho haverá outro encontro mundial, desta vez em Jerusalém, tendo o objetivo de buscar novos processos de convivência e harmonia entre israelenses e palestinos. Serão 50 participantes, 15 israelenses, 15 palestinos e 20 de outros países.

Wolf Kos, presidente do Instituto Olga Kos, é um entusiasta do programa. Ele e a mulher, Olga Kos, estiveram no Vaticano e se encontraram pessoalmente com o Papa Francisco numa solenidade, em fevereiro do ano passado, para oficializar a participação do IOK no projeto. O Instituto Olga Kos foi escolhido pela excelência do trabalho que realiza no atendimento a mais de 3.500 pessoas com deficiência intelectual, especialmente a Síndrome de Down, e sem deficiência Intelectual, em vulnerabilidade social, por meio da arte e do esporte, na cidade de São Paulo.

Estamos muito felizes em termos sido escolhidos para integrar esse projeto grandioso da Igreja Católica que pretende apoiar pelo menos 200 mil projetos de inclusão ao redor do mundo“, destaca o presidente do IOK.