Um grande evento que buscou estimular a inclusão social: assim pode ser definido o ‘Concerto do Bem’, apresentação musical que ocorreu na capital paulista no dia 21 de novembro. Organizado pelo Instituto Olga Kos (IOK), instituição paulistana já reconhecida por sua atuação em projetos que utilizam as atividades artísticas e esportivas como instrumentos de inclusão social e que atendem pessoas com deficiência e vulneráveis socialmente, a apresentação buscou celebrar de forma mais potente tais objetivos.  Ou seja, a intenção dos organizadores que, além do IOK, contou com a Unibes (instituição notória por atuar em frentes sociais focadas no atendimento às crianças, adolescentes, idosos e famílias carentes) foi, através da arte musical, continuar defendendo a necessidade de que haja mais espaços inclusivos em todos os ambientes possíveis.

Neste contexto, o ‘Concerto do Bem’ que se realizou no MASP (Museu de Arte de São Paulo) foi uma grande demonstração e concretização deste propósito, pois através de uma orquestra e coral, os participantes interpretaram desde canções da música popular brasileira criadas por Vinicius de Morais, Tom Jobim, Dorival Caymmi, Zé Keti e Gonzaguinha; até músicas clássicas de autores como Tchaikovsky (compositor russo romântico), Klaus Badel (compositor erudito alemão) além de músicas do folclore hebraico como a tradicional ‘Hevenu Shalom Aleichem’.

Ainda sobre o repertório que mesclou canções eruditas e populares de épocas diversas, os convidados puderam ouvir também músicas atuais como hits de artistas como o rapper norte-americano Pharrell Williams e canções da banda de rock britânica Coldplay. Vale ressaltar que na ocasião, aproximadamente 300 pessoas, entre convidados, beneficiários do IOK e empresários (etc.) estiveram presentes.



Sobre as performances: a bateria ficou sob os cuidados de dois participantes, Pedro Henrique Siqueira beneficiário do Olga Kos diagnosticado com Síndrome de Down e Lucas Oliveira beneficiário da UNIBES. Já outra beneficiária do Olga Kos, Márcia de Castro de Sá, diagnosticada com paralisia cerebral e baixa visão, interpretou, de forma emocionante, a canção “Love of My Life” do grupo britânico Queen. Esta composição do músico Freddie Mercury contou com arranjo do violonista Raphael Badessa. 

Vale ressaltar que o grupo infantojuvenil da Orquestra e Coral da Unibes se fez presente com 102 crianças que se distribuíram nas seguintes ‘funções’: no grupo da orquestra havia 58 crianças e jovens, enquanto no coral, 44 crianças e jovens, todos entre 12 a 14 anos, cantaram algumas das canções apresentadas.

Pedro Paulo Prado De Almeida, presidente da empresa Santa Cruz (patrocinadora do evento) e personalidade presente, foi homenageado ao lado de sua esposa Juliane de Almeida, juntamente com o Gabriel Zituni e os maestros e maestrinas, Kesia Roberta de Miranda, Lucas Joly e Mário Barcellos.



Os agradecimentos e o encerramento ficaram por conta de Thamires Souza, participante do Instituto Olga Kos que possui Síndrome de Down e que, na ocasião, se expressou dizendo “Dizem que não sabe, não consegue. É difícil subir no palco, mas é possível.” fazendo alusão aos inúmeros desafios superados diariamente por pessoas que, como ela, ainda enfrentam muitos percalços quando se trata de ‘inclusão’.

Por fim, o ‘Concerto do Bem’ cumpriu todas as expectativas e mostrou que é possível, sim, quando há boa vontade e união dos atores envolvidos, superar tais percalços e estimular a diversidade e a inclusão em todas as instâncias.