Crianças, adolescentes, adultos e idosos com e sem deficiência, se organizam numa roda, batem palmas, gritam, cantam e assim começa o jogo. O movimento das pernas e braços acompanha o som que vem do berimbau, do atabaque e do caxixi. Os capoeiristas se divertem e mostram habilidade nas acrobacias próprias do jogo. 

Esse é o projeto desenvolvido pelo Olga, que busca há 16 anos levar inclusão através do esporte e da cultura. A prática da capoeira inclusiva foi implantada na Zona Leste do Município de São Paulo e desenvolve técnicas da modalidade, adaptadas às condições físicas e intelectuais de cada pessoa.

De acordo com Eliane das Neves, instrutora do projeto, os participantes já conseguiram se adaptar aos princípios básicos da capoeira. “Acredito que para eles era tudo muito novo. Hoje enxergo as oficinas com os beneficiários mais ativos, executando os movimentos, motivados, com atividades cada vez mais objetivas e dinâmicas”, pontuou ela.

Dentro da modalidade, é feito estímulos através da música para desenvolver a cultura própria do esporte de forma prática e ativa. Vale ressaltar que dentro da proposta não há caráter competitivo, mas participativo. Além disso, no final do projeto acontece uma apresentação especial de capoeira protagonizada pelos próprios beneficiários

“Eu gosto muito desse esporte e acho importante fazer exercício físico. A Capoeira na minha vida tem um significado muito grande, hoje eu tenho mais movimento e aprendi bastante sobre arte da defesa que me estimula cada vez mais”, disse o Enzzo Neves de 10 anos, que é um dos participantes da oficina.